No dia 24 de agosto de 2001, o voo 236 da Air Transat que partiu de Toronto, Canadá, com destino a Lisboa, Portugal, enfrentou uma falha crítica no motor esquerdo. O co-piloto, Robert Piché, assumiu o controle da aeronave e fez um pouso de emergência nas Ilhas Açores, salvando a vida de todos os passageiros e tripulantes a bordo.

No entanto, a investigação revelou uma informação chocante: havia uma criança de 12 anos no cockpit durante a emergência. O menino era filho de um dos comissários de bordo e, segundo relatos, estava curioso para saber como era a cabine do avião.

O incidente causou um grande alvoroço na mídia e levantou discussões em todo o mundo sobre a segurança dos vôos comerciais. Muitos questionaram a ética e a responsabilidade dos pilotos envolvidos, enquanto outros acreditaram que a presença da criança pode ter sido um fator decisivo para o sucesso do pouso de emergência.

De acordo com o juiz responsável pela investigação, a presença da criança no cockpit não afetou o desempenho dos pilotos durante a emergência. No entanto, a companhia aérea foi multada em 250 mil dólares canadenses por permitir a entrada de uma pessoa não autorizada na cabine do piloto.

Desde então, as regras de segurança foram reforçadas e a entrada de passageiros no cockpit foi proibida em vôos comerciais. A investigação do voo 236 da Air Transat foi amplamente utilizada como estudo de caso para melhorar a segurança da aviação civil em todo o mundo.

Embora o incidente tenha sido resolvido com sucesso, a presença da criança no cockpit serve como um lembrete para a indústria aérea sobre a importância da rigorosa aplicação das regras de segurança. A investigação do episódio Mayday ajudou a estabelecer padrões mais rígidos para garantir a segurança dos passageiros e tripulantes em futuros vôos.